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18/05/2012

Câncer gástrico: conceito, fatores de risco e conduta nutricional!


câncer é definido como uma enfermidade multicausal crônica, caracterizada pelo crescimento desordenado de células. O desenvolvimento resulta da interação entre fatores endógenos e ambientais, como genética, dieta, tabagismo, etilismo, obesidade, sendo o mais notável, a dieta. Cerca de 35% dos diversos tipos de cânceres ocorrem por dietas inadequadas (GARÓFOLO e cols., 2004; RESENDE; MATTOS; KOIFMAN, 2006).

O câncer gástrico é a segunda neoplasia de incidência mais comum e causa de morte no mundo. Observa-se uma nítida diferença entre os sexos, com maior incidência e mortalidade entre os homens (GARÓFOLO e cols., 2004; MAGALHÃES e cols., 2008). Cerca de 65% dos casos ocorrem em indivíduos com mais de 50 anos, sendo que o pico de incidência ocorre por volta dos 70 anos de idade (MAGALHÃES e cols., 2008).
 
Indivíduos que apresentam câncer do sistema digestório relatam perda de peso em curto período de tempo, dificuldade de alimentação, dor local, náuseas, vômitos, flatulência, sensação de plenitude precoce, que contribuem para o agravamento da doença, dificultam os tratamentos propostos e, consequentemente, favorecem pior prognóstico (MAGALHÃES e cols., 2008).
 
Como fator importante na promoção e manutenção da saúde durante todo o curso da vida, a nutrição ocupa posição proeminente em atividades de prevenção. Os principais fatores da dieta implicados na carcinogênese gástrica são a ingestão de altas concentrações de nitratos/nitritos, presentes em alimentos embutidos, carnes salgadas ou em conserva; o consumo de alimentos que favorecem a formação de nitrosaminas; e, a ingestão excessiva de sal, amido e de alimentos mal conservados (RESENDE; MATTOS; KOIFMAN, 2006).

Por outro lado, agentes antioxidantes, como o ácido ascórbico e a vitamina E, presentes em frutas e vegetais, poderiam inibir a produção dessas substâncias, atuando como fatores de proteção contra a carcinogênese gástrica (RESENDE; MATTOS; KOIFMAN, 2006).
 
De acordo com Magalhães e cols. (2008), alimentos fontes de amido, como: arroz, tubérculos (mandioca, mandioquinha, batata, cará), pão branco entre outros, e carnes processadas, estão relacionados com o desenvolvimento de câncer gástrico, enquanto alimentos como vegetais frescos e frutas são considerados protetores.
  
Vale ressaltar que os vegetais do gênero Allium, como o alho, alho poró, cebola, cebolinha-verde, chalota e cebolinha, contêm alicina, que exerce ação antimutagênica, que estaria relacionada à proteção do câncer gástrico. Além disso, verificou-se que extrato de alho possui poder bactericida, in vitro, contra o Helicobacter pylori, que é uma potente bactéria causadora do câncer gástrico (MAGALHÃES e cols., 2008).
 
Nessa contextualização, compete ao profissional nutricionista planejar dietas balanceadas e ricas em alimentos naturais, uma vez que além de mais saudáveis, esses alimentos são considerados protetores para a doença. Isso promoverá o envelhecimento mais saudável da população.


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Escrito por: Apoena Mendonça!

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